A automutilação é para muitas pessoas a
válvula de escape para as dores emocionais que as acomete. É como se a dor
física aliviasse a "dor na alma", comportamento cada vez mais comum entre
os adolescentes, mas os adultos também sofrem desse transtorno.
Quando os familiares, amigos identificarem os cortes devem encorajar a pessoa que sofre desse transtorno a buscar tratamento psicológico, pois estimativa que mais de 50% das pessoas que fazem isso tentarão suicídio em algum
momento da vida.
Fique atento
- Os principais sintomas são pequenos cortes e cicatrizes pelo corpo( primeiramente nos braços) em regiões que podem ser cobertas por roupas;
- Os jovens ou adultos não querem chamar a atenção e tentam esconder cortes e cicatrizes das pessoas mais próximas;
- Normalmente o transtorno surge a partir dos 13 anos de idade;
- Pesquisas feitas nos Estados Unidos mostram que a pratica está ficando cada vez mais freqüente.
Como ajudar alguém com este problema
- Esse transtorno mental precisa de atenção, avaliação psiquiátrica e tratamento psicológico;
- O apoio da família é essencial, ao perceber o problema ofereça compreensão;
- Quanto mais cedo o transtorno for tratado, maior a chance de a pratica não se repetir.
Principais motivos e causas da automutilação
Geralmente os principais motivos são brigas com familiares, brigas
com cônjuge, problemas nas relações interpessoais, incluindo amizades,
problemas escolares. Entre as principais finalidades com que a pessoa faz isso
temos a necessidade de aliviar um estado ou sentimento negativo, como um estado
ansioso, depressivo, ou sentimento de angústia, frustração, desespero, tensão,
raiva e, até autocrítica. Também o fazem na tentativa de induzir um sentimento
positivo e até como forma de lidar com as relações interpessoais.
A pessoa normalmente tem esses atos de forma
tão repetitiva que pensa inúmeras outras vezes nisso ao longo dos dias sem
realizar o ato em si. Há aquelas que não conseguem ver uma outra forma de lidar
com a frustração que não seja propriamente com a automutilação. O ato
normalmente é impulsivo e ocorre para alívio imediato da situação causadora. A
pessoa muitas vezes faz isso sem pensar.
E quem são as pessoas que mais têm esse tipo de conduta?
Muitos
dizem que ocorre apenas em adolescentes, mas não. Embora crescente nessa
população, a automutilação é comum em adultos. Mas ainda é mais frequente em
adolescentes. O advento das redes sociais e super-exposição contribui
negativamente para a expansão dessas condutas.
Alguns quadros psiquiátricos estão bastante associados, como
a depressão,
o transtorno de personalidade borderline, transtornos alimentares, transtorno
de personalidade histriônica e transtornos de ansiedade. Cabe lembrar que a
automutilação por si só já é enquadrado na psiquiatria como um transtorno
psiquiátrico independente, ocorrendo em jovens sem os quadros descritos acima,
mas que estão num sofrimento psicológico e social intensos.
Percebo através de relatos que essas formas de aliviar o estresse e
outros sentimentos negativos é uma má adaptação aos desafios e estresses que a
vida traz. São jovens que modulam mal a forma como lidam com o sofrimento. E o
mais difícil é que os pais, professores e outras figuras não percebem em boa
parte dos casos que isso acontece. Vários pais, ao invés de buscar ajudar o
filho, criticam a atitude e relatam ser frescura. Não adianta
apenas criticar a automutilação sem dar suporte, afeto e um olhar mais
empático para o que acontece.
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