quarta-feira, 29 de maio de 2019

Dicas para lidar com a depressão

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PROCURE AJUDA PROFISSIONAL


É comum relutarmos em procurar ajuda profissional porque temos vergonha, ou porque temos receio de dependermos de medicações. Mas, às vezes, o uso de antidepressivos pode ajudar bastante a lidar com a questão. Portanto, procure um psicólogo e se for necessário o uso de medicamentos um psiquiatra. Isso o ajudará a identificar o melhor instrumento para lidar com a sua depressão. E jamais se automedique, porque isso só vai piorar as coisas. 

ESCREVA SOBRE O QUE ESTÁ SENTINDO


Para que as nossas mentes funcionem da melhor maneira possível, é necessário que nós a organizemos com alguma frequência. Se carregarmos conosco uma quantidade grande demais de bagagem emocional, de confusão e de frustração, seremos impedidos de viver vidas excitantes. 

Escreva regularmente a respeito de seus próprios sentimentos e de sua vida em geral. Tal é a melhor maneira de organizar e priorizar os seus pensamentos e emoções. Isso também dará a você a oportunidade de se afastar emocionalmente e de analisar suas experiências, pensamentos e sentimentos com mais lucidez.
 
EQUILIBRE O SEU SONO


Uma pessoa deprimida tende a dormir muito pouco, a dormir demais ou a alternar entre esses dois estados. Em ambos os casos, os resultados são negativos. 

Dormir em excesso pode aumentar sua tendência a diabetes, doenças cardíacas e derrame, ao passo que não dormir o suficiente pode causar depressão, delírios, alucinações e déficits cognitivos. 

Busque o equilíbrio e procure dormir de 7,5 a 9 horas por noite. Esse expediente terá um impacto bastante positivo para a sua saúde mental e física, conforme você notará dentro de pouco tempo. 

FAÇA 30 MINUTOS DE EXERCÍCIO TODOS OS DIAS


A ausência de atividade física é um dos fatores que agravam a depressão, mesmo porque a última faz maravilhas pelo nosso bem-estar e pela nossa auto-estima. 

São muitas as pesquisas que indicam a importância do exercício físico, destacando a sua eficácia em suavizar os sintomas da depressão, reduzir o estresse e a ansiedade e lapidar a memória e a autodisciplina. 

Naturalmente, não é necessário que você se torne um atleta: 30 minutos diários tendem a ser o bastante para melhorar o seu humor e o seu bem-estar. 

Para aqueles que sofrem de depressão, é recomendável se exercitar ao ar livre. Por mais que o ambiente de uma academia possa ser agradável, caminhar em meio às árvores, aos cachorrinhos e à luz do sol tende a ser algo bastante agradável. 

Aliada ao exercício, uma alimentação saudável poderá fazer maravilhas por você. Inclua em sua dieta mais frutas e vegetais, e passe algum tempo distante da cafeína, do álcool e de outras bebidas que podem deixá-lo agitado. 

PRATIQUE MEDITAÇÃO E YOGA


Estudos comprovam que a meditação auxilia-nos, em certa medida, a assumir o controle de nossas emoções. Ela também nos guia em nosso processo de autoconhecimento, e faz com que nos sintamos mais confortáveis em nossa própria pele. 

Além de ser benéfica para a autoestima e para a redução de estresse e ansiedade, também nos torna mais otimistas e faz com que vejamos a vida de uma maneira mais positiva. 

Diversas vezes, a depressão se caracteriza por um apego muito intenso ao passado ou por um medo igualmente intenso em relação ao futuro. A meditação o ensinará que momento atual é o que importa. 

Nas palavras de Thich Nhat Han: “Nosso verdadeiro lar é o momento atual. Quando nós entramos profundamente no momento atual, nossas queixas e preocupações somem. Tal coisa nos leva a descobrir a vida com todas as suas maravilhas. Na maior parte do tempo, estamos perdidos no passado ou arrebatados pelo futuro. Quando estamos conscientes e em contato com o momento atual, aprofunda-se a compreensão do que está acontecendo e começamos a ser preenchidos por aceitação, alegria, amor e paz“.
 
NÃO SE AFASTE DAS PESSOAS


É comum que pessoas deprimidas se afastem dos outros e se afundar na solidão. Os seus pensamentos giram em torno dos seguintes temas: 

➤ Eu não tenho nada de interessante nem de positivo para dividir com outra pessoa. 

➤ Dá para perceber que essa pessoa se sente desconfortável quando está comigo. 

➤ Essa pessoa está mentindo ao dizer que gosta de mim. Ela realmente acha que eu não me dei conta disso? 

➤ Eu sei que essa pessoa não gosta de mim, mas por que ela tem que deixar isso tão óbvio? Ela não percebe que está me ferindo? 

➤ Eu deveria deixar os outros em paz. Estou sendo carente demais. 

➤ Se eu me apegar demais a outra pessoa, ela irá me abandonar e a minha dor ficará ainda pior. 

➤ Se eu me apegar demais a outra pessoa, irei deixá-la deprimida também. 

➤ Gente como eu não deveria ter amigos. É bastante egoísta da minha parte querer companhia. 

➤ É mais fácil ficar sozinho. Quando estou sozinho, não machuco ninguém além de mim mesmo. 

Resista ao impulso de cortar relações com aqueles que se importam com você. Mantenha a sua família e amigos ao seu lado. 

Antes de mais nada, tente se colocar no lugar deles. Muitas vezes, uma pessoa deprimida se concentra em excesso em seu universo particular de sentimentos e aflições, e age com crueldade em relação àqueles que estão ao seu redor. 

Lembre-se que os seus amigos e os seus familiares não lêem mentes, de modo que nem sempre estão conscientes do que está acontecendo com você. Então abra o jogo sobre o que está passando com você e peça ajuda. 

Aos poucos, você notará que a companhia de outras pessoas será uma excelente maneira de superar a situação em que se encontra.
 
MANTENHA A CASA EM ORDEM


Dizem que o estado de nossos quartos ou de nossos carros indica o estado de nossa mente e de nosso emocional. E trata-se de um ciclo vicioso: a depressão produz a desordem e a desordem intensifica a depressão. 

Existe uma forte relação entre um ambiente desordenado e a depressão crônica. E, agora que você já sabe disso, arrume a casa. Mantenha-a limpa. Se a sua intenção é superar a depressão de uma vez por todas, então é necessário que o ambiente em que circula seja um reflexo desse comprometimento. 

DEIXE PARA TRÁS O “E SE…”


Não pense de maneira obsessiva no que já passou, e também não se puna pelos equívocos que cometeu no passado. Analise-os, aprenda com eles e deixe o mundo andar. 

Aceite que, dadas as circunstâncias em que se encontrava e os instrumentos e informação que tinha em mãos, você deu o seu melhor. Se as coisas não funcionaram como desejava, paciência. Outras coisas boas certamente o esperam. 

Não seja demasiadamente perfeccionista nem exigente consigo próprio. Não coloque em si mesmo expectativas altas demais, e não se puna se for incapaz de atingi-las. 

REDESCUBRA SEUS INTERESSES


Não é novidade para ninguém que as pessoas que estão passando por um momento mais delicado costumam perder o interesse que tinham pelas coisas que faziam sentido a elas antes. É uma tendência natural, porém trata-se de algo que você deve se esforçar para superar, para combater. Pense nas coisas que gostava de fazer antes de começar a se sentir assim. Pense em tudo o que despertava o seu interesse, e então volte a incluir tais atividades na sua vida diária. Se você costumava gostar de ir ao cinema, vá ao cinema. Se tocar violão o deixava alegre, toque violão. Redescubra as coisas que ama, e tire o melhor partido possível delas

sábado, 30 de março de 2019

"Quem muito engole, no final se engasga”: entenda os riscos de silenciar as emoções





   “Quem muito engole, no final se engasga”, diz um velho ditado que provavelmente você já ouviu em algum momento. Freud também nos alertou sobre os perigos de silenciar os sentimentos dizendo: “As emoções reprimidas nunca morrem. Elas são enterradas vivas e virão à luz da pior maneira “.

   De fato, às vezes a sabedoria popular encontra apoio na ciência. Em certos casos, reprimir nossos sentimentos e pensamentos, por medo de ofender os outros ou de sermos vulneráveis, pode acabar causando danos a nós mesmos. As emoções que se acumulam nos ferem em silêncio, tornam-se fantasmas que danificam nosso corpo e mente.


Se você não expressar o que sente, você não será capaz de se defender


   Se você não expressar seu desconforto, é provável que a pessoa que está machucando você não esteja totalmente ciente das consequências que suas palavras ou atitudes têm sobre você. Muitas vezes esperamos que sejam os outros que percebam que estão transgredindo, que adivinhem nossos sentimentos e pensamentos.

   Aqueles que nos rodeiam não são adivinhos e, embora seja verdade que eles possam intuir algumas coisas, às vezes possam estar muito compenetrado em si mesmo para perceber o impacto negativo que suas palavras ou comportamentos provocam. Portanto, cabe a nós fazer notar que eles estão nos causando danos. Precisamos encontrar um equilíbrio entre os momentos em que é mais sensato calar a boca e aqueles em que é necessário falar para defender nossas necessidades e proteger nosso equilíbrio emocional.


As emoções reprimidas tornam-se problemas psicossomáticos


   Mente e corpo formam uma unidade, portanto não é estranho que emoções e sentimentos reprimidos acabem se expressando através de problemas psicossomáticos. Um estudo muito interessante realizado na Universidade de Aalto revelou como diferentes emoções afetam nosso corpo, gerando diferentes reações. A raiva contida, por exemplo, foi associada com o dobro do risco de sofrer um ataque cardíaco.

   Sabe-se também que o estresse desencadeia a produção de cortisol, hormônio que gera processos inflamatórios muito prejudiciais às células do nosso corpo e que estão na base de doenças tão graves quanto o câncer.

   De fato, um estudo clássico realizado na Universidade de Stanford revelou que pessoas com uma tendência a reprimir suas emoções, classificadas como “personalidades repressivas”, reagem com uma ativação fisiológica maior diante de situações desafiadoras do que pessoas que sofrem de ansiedade.

   Em geral, pessoas com tendência a silenciar seus sentimentos correm maior risco de que estas venham à luz na forma de sintomas psicossomáticos, que vão desde tensões musculares e dores de cabeça até problemas gastrointestinais, dermatológicos ou até doenças mais sérias e graves. A calma do repressor tende a prejudicar a saúde.

Alívio emocional: expressar seus sentimentos é fundamental para o seu bem-estar


   Por muito tempo considerou-se mal gosto ventilar as emoções. De fato, quando crianças, fomos ensinados que não devemos chorar ou ficar com raiva. Como resultado, muitos adultos nunca aprenderam a administrar assertivamente seus estados emocionais, eles simplesmente os reprimem.

   Neurocientistas da Universidade de Wisconsin apreciaram que os cérebros daqueles que desenvolveram uma “personalidade repressora” funcionam de maneira relativamente diferente. Na prática, mensagens inquietantes ou perturbadoras levam muito mais tempo para ir de um hemisfério a outro. No entanto, o mesmo não ocorre com mensagens neutras ou positivas, o que indica que é uma reação aprendida ao longo do tempo.

   No entanto, o alívio emocional é fundamental para o nosso bem-estar psicológico e físico. Falar sobre como nos sentimos ou como os outros nos fazem sentir, sem medo, nos permitirá desenvolver relacionamentos interpessoais mais maduros e autênticos, enquanto nos ajuda a estabelecer limites saudáveis.


Como conseguir isso?


1. Esteja ciente de suas emoções e sua causa. Se uma pessoa sempre reprimiu suas emoções, é provável que seja difícil para elas mergulhar nelas. Ainda assim, é essencial que você aprenda a identificar o que sente, que você diferencie a raiva do ressentimento, por exemplo, e seja capaz de detectar o que faz com que você se sinta assim. É um exercício profundo de autoconhecimento para o qual você precisa expandir seu vocabulário emocional através desta lista de emoções e sentimentos.


2. Suponha que tudo tenha um limite. Os limites não são negativos, pelo contrário, porque permitem que outras pessoas saibam até onde podem ir. Se você não colocar limites em seus relacionamentos interpessoais, é provável que outros acabem se aproveitando de sua bondade ou de sua capacidade de apoiar tudo sem dizer nada, apertando a corda cada vez mais. É importante que esses limites garantam a satisfação de suas necessidades.


3. Dizer o que pensa não tem por que ferir os outros. Defender seus direitos não implica prejudicar os outros. Você não precisa se tornar um kamikaze da verdade, mas suportar estoicamente as críticas doentias e os ataques de pessoas tóxicas só o machucarão. O ideal é que você aprenda a dizer o que pensa e sente em relação ao outro, mas assumindo uma postura firme.


4. Procure por uma maneira assertiva de desabafar. Você não pode sempre dizer aos outros diretamente o que você sente. No entanto, isso não significa que você deva silenciar essas emoções. Você pode dar uma saída através de técnicas como a cadeira vazia, na qual você imagina que a pessoa com quem quer conversar está bem na sua frente. No entanto, tenha cuidado, porque os psicólogos da Iowa State University descobriram que algumas formas de exalar emoções podem ter o efeito oposto, fazendo com que você se sinta pior. A chave está em encontrar a maneira de praticar o alívio emocional de uma maneira que lhe permita recuperar o equilíbrio perdido, escapando do controle exercido por essas emoções do seu inconsciente.


fonte: revista Pazes

Você conhece a Síndrome de Asperger?



   Talvez você já tenha ouvido falar dela ou conhece alguma pessoa com esta síndrome, ou talvez você mesmo, que está lendo este artigo do outro lado da tela, viva com a síndrome de Asperger.

   A Síndrome de Asperger é um transtorno do espectro do autismo. No entanto, ela se diferencia do autismo típico através de diversas pesquisas que estão sendo feitas neste campo. A diferença mais óbvia tem a ver com a capacidade de ser independente na idade adulta, em comparação com as pessoas com autismo mais prototípico.

A Síndrome de Asperger é um transtorno do neurodesenvolvimento

   É um transtorno do neurodesenvolvimento com uma base genética e hereditária, onde existem estruturas cerebrais que estão danificadas. Mas, o que são os transtornos do neurodesenvolvimento?

   Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo heterogêneo de distúrbios neurológicos que apresentam alterações em diferentes processos: na cognição, na comunicação, no comportamento e nas habilidades motoras. Estas alterações são causadas por um desenvolvimento cerebral atípico.

   Ou seja, o cérebro das pessoas com Asperger funciona em muitos aspectos de maneira diferente das pessoas que não tiveram alterações em seu desenvolvimento neurológico. Nós não estamos falando de algo ruim ou bom, estamos falando de um funcionamento diferenciado na maneira de processar e perceber a informação.

As pessoas com Asperger percebem o mundo de uma forma diferente

   De alguma forma é como se eles tivessem códigos diferentes para interpretar o mundo e o seu ambiente. Estes códigos diferentes os fazem viver de uma maneira que algumas pessoas acham estranha. Mas quem nunca encontrou pessoas que às vezes agem de uma forma diferente do que o esperado? Nós mesmos, muitas vezes, percebemos a realidade de uma maneira distorcida e isso nos leva a agir de maneiras que os outros acham estranhas.

Vamos falar um pouco sobre as características mais típicas desta síndrome:

As características da Síndrome de Asperger

Algumas características mais comuns desta síndrome são:

– Eles são socialmente desajeitados e têm dificuldades em seu relacionamento com as outras crianças e/ou adultos. Podem ser ingênuos e crédulos.

– Muitas vezes desconhecem os sentimentos e as intenções dos outros ou não entendem essas reações emocionais.

– Eles têm muita dificuldade para conduzir e manter o ritmo normal de uma conversa. Eles se alteram facilmente com as mudanças na sua rotina e as transições.

- Interpretam a linguagem e tudo o que ouvem de maneira literal. Eles não entendem a ironia e as figuras de linguagem, para eles tudo é literal. Por exemplo, na frase “tem um coração que não cabe no peito”, para eles a interpretação é literal e eles entendem que “o seu coração é tão grande que não cabe no seu peito”.

Eles são muito sensíveis a sons altos, cores, luzes, cheiros ou sabores.

– Eles tendem a desenvolver um grande interesse (fixação) por um tema ou objeto e podem se tornar verdadeiros especialistas. Há muitas crianças com Asperger que veem uma paisagem por apenas alguns segundos e são capazes de reproduzir cada detalhe dela com uma incrível precisão.

– Não possuem habilidades motoras, por isso eles não são muito bons nos esportes.

– Muitas vezes, eles não conseguem fazer ou manter amigos da sua idade. Basicamente, porque eles não percebem o mundo da mesma maneira e ficam frustados; como acontece com qualquer um de nós, quando encontramos pessoas com as quais nossos modos de ver o mundo e de viver são antagônicos. Com eles acontece algo parecido.

Você conhece alguém com Asperger? Coloque-se no seu lugar e o compreenderá


   Portanto, temos que ser capazes de ir além do transtorno. As pessoas com Asperger muitas vezes se sentem incompreendidas. Elas se sentem estranhas em um mundo que funciona com regras que às vezes colidem com as suas. Eles não entendem o significado de muitos comportamentos que a maioria das pessoas tem.



   Portanto, temos que fazer um trabalho profundo de empatia com elas. Precisamos entender que o seu modo de perceber a realidade é diferente do nosso. E isso não significa que seja bom ou ruim, é simplesmente diferente.

   Vivemos em um mundo maravilhoso onde, felizmente, somos todos diferentes e podemos aprender com essas diferenças. Diferenças que enriquecem os relacionamentos e nos ajudam a sermos mais tolerantes e descartarmos a maior parte dos preconceitos que carregamos na nossa mochila emocional.


fontes: 
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed Editora, 2018.

Exaustão emocional, a conseqüência de tentar ser forte a todo momento


A exaustão emocional é um estado atingido pela sobrecarga de esforço.

   Neste caso, não falamos apenas de excessos de trabalho, mas também de assumir conflitos, responsabilidades ou estímulos emocionais ou cognitivos.

   A exaustão emocional não vem de um momento para outro. Trata-se de um processo que ocorre lentamente, até que haja um ponto em que a pessoa entra em colapso. Essa quebra a submerge em paralisia, depressão profunda ou doença crônica. Ocorre um colapso na vida da pessoa, porque ela literalmente já não aguenta mais.


“Nada pesa tanto quanto o coração quando está cansado”.
-José de San Martín-

   Embora a exaustão emocional seja sentida como cansaço mental, geralmente está acompanhada de uma grande fadiga física. Quando isso acontece, há uma sensação de peso, de incapacidade de seguir em frente.Caímos, então, em uma inércia da qual é difícil sair.

As causas do esgotamento emocional

   O esgotamento emocional se origina porque há um desequilíbrio entre o que damos e o que recebemos. Aqueles que são vítimas disso dão tudo o que podem de si mesmos, seja no trabalho, em casa, no relacionamento ou em qualquer área.

   Em geral, isso ocorre em áreas onde há uma grande exigência, que por sua vez, aparentemente, exige grandes sacrifícios. Por exemplo, em um trabalho onde há um alto risco de demissão. Ou em uma casa cujos membros estão cheios de problemas e exigem atenção. Também quando temos um relacionamento conflituoso ou com sérias dificuldades.

   O comum é que a pessoa exausta não tenha tempo para si mesma.Tampouco recebe reconhecimento, carinho ou consideração suficiente. Espera-se que ela se “renda” o tempo todo. Como se não tivesse necessidades, ou como se fosse mais forte que o resto e pudesse aguentar tudo.

Os primeiros sintomas de exaustão

   Antes que apareça a exaustão emocional propriamente dita, há algumas indicações que a anunciam. São sinais aos quais, em geral, não são dados muita importância. Se os notarmos, as medidas podem ser tomadas a tempo.

Os sintomas iniciais da exaustão emocional são:

  • Cansaço físico. A pessoa se sente cansada com frequência. A partir do momento em que abre os olhos, sente como se fosse extremamente árduo o que a espera no dia.
  • Insônia. Por mais contraditório que pareça, uma pessoa com exaustão emocional apresenta dificuldade para dormir. Sempre tem problemas aos quais dedica tempo demais e que fazem com que seja difícil pegar no sono.
  • Irritabilidade. Há desconforto e perda de autocontrole com certa frequência. A pessoa exausta parece mal-humorada e é muito sensível a qualquer crítica ou gesto de desaprovação.
  • Falta de motivação. Quem sofre de exaustão emocional começa a agir mecanicamente. Como se fosse obrigado a fazer o que faz o tempo todo. Não tem entusiasmo ou interesse em suas atividades.
  • Distanciamento afetivo. As emoções começam a ficar cada vez mais planas. É como se, na verdade, a pessoa não sentisse praticamente nada.
  • Esquecimentos frequentes. A saturação de informações e/ou estímulos leva a falhas na memoria. Esquecem com facilidade as pequenas coisas.
  • Dificuldades para pensar. A pessoa se sente confusa com facilidade.Cada atividade implica um gasto maior de tempo do que antes.Raciocina lentamente.
As saídas para a exaustão emocional

   A melhor maneira de superar a exaustão emocional é, naturalmente, descansando. Você tem que encontrar tempo livre para relaxar e ficar calmo.As pessoas que se exigem muito passam anos sem, por exemplo, tirar férias.Isso não pode acontecer. Mais cedo ou mais tarde, só leva à fadiga. Então, uma boa ideia é tirar alguns dias para dedicar ao descanso.

   Outra solução é trabalhar para construir uma atitude diferente diante das obrigações diárias. Cada dia deve incluir horários para dedicar aos compromissos e também momentos para descansar e realizar atividades que sejam gratificantes. Devemos deixar de lado as obsessões de perfeição ou realização.

   Finalmente, é muito importante nos sensibilizarmos com nós mesmos. Para isso, nada melhor do que dedicar um momento a cada dia para ficarmos sozinhos. Respirar, nos reconectar com o que somos e com o que desejamos. É fundamental desenvolver uma atitude de compreensão e bondade com nós mesmos. Caso contrário, mais cedo ou mais tarde, será impossível seguir adiante.

Fonte: amenteemaravilhosa.com.br

quinta-feira, 7 de março de 2019

Por trás de uma criança difícil há uma emoção que ela não sabe expressar.

   Muitos pais e mães se queixam de que o seu filho é uma criança difícil, que sempre tem uma emoção cheia de raiva que descarrega de forma inadequada. Com pirraças, palavrões ou com atos sutis de desobediência. 



   É preciso entender que nenhuma criança é igual a outra e que nenhum de nós tem como saber que tipo de necessidades podem ter esses pequenos seres que acabamos de trazer ao mundo, para os quais desejamos sempre o melhor.

   "A emoção é a fonte de energia humana, é a chave que deve guiar as crianças, primeiro para entenderem a si mesmas, e depois para entenderem o mundo".
        As crianças difíceis e a emoção contida

   As crianças difíceis costumam, muitas vezes, gerar um nível de estresse muito elevado nos pais, beirando em alguns casos a impotência. Não é um tema simples de abordar e, de fato, nem sempre os livros servem, nem sequer a experiência que temos com outro filho ou as recomendações de alguns pais.

   O seu filho, a criança difícil, é único, especial e sem igual. E se há algo que ele sempre precisa é de compreensão. Na maioria das vezes são crianças com elevadas demandas, trancados nos seus “palácios internos”, em espaços herméticos onde não encontram portas pelas quais expressar essa emoção contida.

Vejamos um exemplo: Pense em uma criança que teve um dia ruim no colégio, chega em casa e, quando seus pais lhe perguntam o que aconteceu, ela responde atravessado. Diante disto, os pais decidem castigá-la, mantendo-a em seu quarto a tarde toda. Qual o resultado disto? Será que conseguimos solucionar o problema? De forma alguma.

   "A emoção bloqueada é um espinho rodeado por um muro de pedras. Se levantarmos mais muralhas, o espinho ficará ainda mais escondido, assim, o primeiro passo será ir retirando cada pedra dessa parede através da comunicação e do afeto".
        Como são as crianças difíceis?

   Se a criança difícil colocar muralhas, não levante novos muros ao seu redor, não o isole, não o descuide, não o deixe sozinho. Todos sabemos que o processo para chegar até eles é complexo, contudo, você deve considerar estes aspectos primeiramente:

  • Nem sempre uma criança difícil é consequência de uma criação ruim.Você não deve responsabilizar ninguém.
  • Existem crianças com altas demandas que pedem muito mais que o restante, é a sua personalidade, a sua forma de ser e isso não quer dizer que nós, como pais, tenhamos feito algo errado.
  • Uma criança que demanda e não recebe o que procura ou que não sabe expressá-lo acaba se frustrando. Muitas vezes eles mesmos se veem sobrecarregados por um sem fim de emoções: essa raiva que oscila com tristeza, outras com martírio, às vezes com revolta…
  • As crianças difíceis requerem um maior nível de atenção, compreensão, apoio e inclusive criatividade por parte dos pais. 

   É preciso ser autor dos seus mundos, mundos seguros onde sintam-se confortáveis para expressar essa emoção contida que lhes permite se reconhecer, descarregar, se sentir mais livre e seguro para avançar por cada um dos cenários que definem a criança ao longo do seu ciclo vital.

        Como ajudar a criança difícil a canalizar as suas emoções

   Já sabemos que a criança difícil demanda, antes de tudo, atenção e estratégias que possamos usar de forma criativa para atender às suas necessidades. Para ajudá-la a administrar esse tremendo mundo emocional que as vezes a sobrecarrega e bloqueia.


   "Lembre-se sempre de que a inteligência emocional não é um traço, é uma habilidade e portanto, como pais, como mães, é nosso dever transmitir a nossos filhos estas estratégias, este aprendizado".

   Tome nota de quais passos seguir para educar as crianças difíceis neste âmbito para canalizar, dar forma e expressar essa emoção contida.

        Sim ao poder do reforço positivo

   Se recriminarmos os erros de uma criança difícil, se ele for desvalorizado, ou for reprimido pelas suas reações, isso irá gerar ainda mais raiva e ansiedade. Lembre-se sempre de que este tipo de criança, no fundo, é muito frágil e dispõe de uma baixa autoestima.

   Use verbalizações tão simples como: “eu confio em você”, “eu sei que você pode lidar com isto”, “eu sei que você é especial”, “eu sei que você é uma criança valente e por isso amo você”…

   Uma palavra positiva gera uma emoção positiva, e uma emoção positiva gera confiança.

        Sim à comunicação que não julga, que não compara, nem sentencia

   Existem pais e mães que cometem o erro de comparar a criança difícil com seus irmãos ou com outras crianças. Isso não é bom. Do mesmo jeito que é um erro começar um diálogo que já implica certas sentenças como: “você é um preguiçoso, você nunca ouve, você nunca se comporta direito…” Evite esse tipo de comunicação e continue sempre com estas pautas:
  • Não investigue, não interrogue. Descubra qual é o momento no qual a criança se sente mais confortável para falar.
  • Dê a ela confiança, proximidade e compreensão. Cuide muito do tom da sua voz; é algo básico para se conectar com as crianças.
  • A comunicação deve ser diária e contínua.
  • Nunca ria ou ironize aquilo que seus filhos disserem. Para eles é importante, e se encontram essa falta de empatia da sua parte evitarão se abrir com você.
         Sim a propiciar um equilíbrio interno na criança

  • Ensine a ela que cada emoção pode se transformar em uma palavra, que a raiva tem forma, que a tristeza pode ser compartilhada para aliviá-la, que chorar não é ruim e que você sempre estará pronto para ouvi-la.
  • Ensine-a a respirar, a relaxar, a canalizar suas emoções através de determinadas atividades com as quais se descarregar e se distrair…
  • Ensine-a a aceitar a frustração de que o mundo nem sempre pode ser como ela quer.
  • Ensine-a a ouvir e a falar com assertividade. Diga-lhe que a sua opinião sempre será ouvida, que tudo o que ela disser é importante para você…
  • Ensine-a a ter responsabilidade, a contar consigo mesma em cada passo e decisão que toma… 
texto do site: amenteemaravilhosa.com.br

sábado, 2 de março de 2019

Transtorno de ansiedade: mente no futuro, sofrimento no presente.

    Apesar de natural e necessária para a sobrevivência do ser humano, a ansiedade em excesso interfere no dia a dia das pessoas que sofrem por antecipação.

  • Mas o que é ansiedade?

   A ansiedade é, portanto, algo nato do ser humano, por isso, não deve ser eliminada. O problema surge quando o sentimento está presente em demasia nas pessoas. “Caracteriza-se transtorno ansioso quando o indivíduo apresenta respostas cognitivas, comportamentais, emocionais e fisiológicas relacionadas a preocupações e medos exagerados a determinados eventos que ainda não se realizaram.
  Quem sofre do transtorno imagina algumas situações futuras como aversivas ou perigosas, ainda que elas ainda nem tenham acontecido. É justamente essa incerteza do tempo futuro que alimenta o sentimento de ansiedade, fazendo com que a pessoa sofra por antecipação — por algo que pode até mesmo nem vir a acontecer.

  • Como identificar uma crise de ansiedade?

   A crise de ansiedade pode ser identificada na presença de alguns sintomas como palpitações (coração bate forte), dor no peito, aumento da pressão sanguínea, sensação de sufocamento, tontura, dor de cabeça, boca seca com dificuldade para engolir, respiração rápida e ofegante, medo de perder controle da situação, estômago embrulhado, indigestão, náusea, relaxamento dos esfíncteres com aumento da necessidade de urinar e/ou diarreia, aumento da transpiração e rubor facial, além de aumento da tensão muscular principalmente na região do pescoço e ombros.
   Dentre todos esses sinais e sintomas de ansiedade, os mais comuns são medo ou pânico, mau pressentimento, como se alguma coisa de mau fosse acontecer, sensação de aperto no peito, falta de ar, aumento da frequência cardíaca e respiratória, insônia, irritabilidade, preocupação exacerbada com situações que ainda não aconteceram e podem nem acontecer, náuseas, vômitos e tremores.Os sintomas de uma crise de ansiedade são físicos e emocionais. Em geral, as crises são desencadeadas em momentos de medo, expectativas, falta de certezas ou ainda em situações normais do dia-a-dia.

  • Os transtornos de ansiedade têm cura? Qual o tratamento?

   Sim, têm cura, na maioria dos casos (70%). Em média, um em cada três pacientes não responde ao tratamento convencional (resposta ausente ou insuficiente).
   "Os principais métodos para o tratamento dos transtornos de ansiedade são a prescrição a médio e longo prazo de medicamentos (ansiolíticos e algumas vezes antidepressivos) e/ou a psicoterapia cognitivo-comportamental". diz o Dr. Marcelo Scarpari 

Referencias bibliográficas 

NKIN, MURRAY et al. Guia para a atenção efetiva na gravidez e no parto. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

CARRARA, HELIO HUMBERTO.; DUARTE, GERALDO. Semiologia Obstétrica. Medicina (Ribeirão Preto. Online), v. 29, n. 1, p. 88-103, 1996.

LOPES, ANTONIO CARLOS. Tratado de Clínica médica. São Paulo: Roca, 2006.

GUSSO, GUSTAVO; LOPES, JOSÉ MAURO CERATTI; DIAS, LÊDA CHAVES. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. 2ª.edição. Artmed, 2018.

JUNIOR, AULER; COSTA, JOSÉ OTÁVIO; YU, LUÍS. A Série Manual do Médico-Residente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), em parceria .. [Apresentação]. Medicina de família e comunidade [S.l: s.n.], 2017.
 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Adoção e a falta de conhecimento sobre o assunto nas escolas.


 
  A escola é um ambiente didático, onde o ensino formal deve ser lecionando de igual modo para todos, sem diferenciação. Ela é um serviço social primordial na educação e formação das futuras gerações, no entanto, inúmeras escolas ainda permanecem expondo aos alunos, uma percepção de filiação unicamente fisiológica, além do mais, os educadores em sua prática didática expõem o assunto maternidade e paternidade direcionados totalmente ao assunto reprodução
     As pessoas envolvidas na escola inclinam-se a percepção de que a adoção é a causa de problemas ou sintomas diversos nas crianças ou adolescentes. É dever da escola, colaborar na revisão de conceito de paternidade e maternidade, compreendido que não é apenas relação biológica que se constitui, mas também, e, acima de tudo, através da relação afetiva que é construída dia após dia. Souza (2008) afirma que muitos professores não são instruídos em sua formação acadêmica sobre a adoção e por conta disso não sabem como lidar com ela.
     É papel da escola evitar que a criança adotada sofra preconceito, trabalhando as diversidades entre os alunos e a existência de variados tipos de famílias. Mas ao trabalhar a adoção na sala de aula, vários cuidados precisam ser tomados, já que a família real é bastante diversificada. A escola deve debater a existência de crianças, que por vários motivos, não vivem ou não têm pai, mãe ou os dois e precisam ser cuidados por outras pessoas, como avós, tios ou instituições. 
     O local mais que adequado é a escola para se trabalhar as diferenças de cor, credo e de estrutura familiar, mesmos que os livros didáticos praticamente não explanam a adoção, mas os professores podem debater o tema ao estudar a família, a reprodução humana, a cidadania, a ligação afetiva. É de extrema importante que os docentes, as associações de pais, os institutos de pedagogia, os autores dos livros e as editoras, em conjunto, enfrentem o problema da família na sua realidade atual, e contribuam positivamente para modificar as percepções dos papéis familiares, para tornar possível o confronto entre imagem (dos livros) e realidade para cada educador, para cada criança. Com as mudanças vividas em nossa sociedade, com o advento das novas formações familiares, encontram-se em transformação nossos sistemas de relacionamento familiar, as relações de sangue podem estar perdendo a sua importância em favor das relações por afinidade, unidas por laços de afeto. E essa nova realidade deve ser levada em conta nos livros utilizados pelos professores, livros que ajudarão a moldar as percepções dos jovens alunos, formando suas representações da realidade.

com base na minha pesquisa sobre "as consequências dos preconceitos frente a adoção"